Redes sociais são plataformas virtuais onde você pode postar seus textos/fotos/vídeos, e interagir com outras pessoas, e fazer novos contatos pessoais e profissionais.
Redes sociais são, também, empresas. E assim como qualquer empresa, elas têm um dono – ou alguns donos. Como qualquer empresa, elas têm um produto – a plataforma onde podemos postar e conversar – e um modelo de negócio: deixar que a gente poste e converse de graça, para assim formar uma audiência, um fluxo constante de pessoas nessa plataforma; e quando esse fluxo for intenso o suficiente, a rede social vai vender o espaço para anúncios publicitários.
Já o algoritmo é um mecanismo que redes sociais usam para que o conteúdo delas chegue até você de uma determinada maneira.
Que maneira é essa? Você acredita que é “chegar até mim aquilo que mais gosto de ver”. Pode até ser que o algoritmo considere isso em sua engrenagem, mas a maneira que ele funciona, de verdade, é fazer chegar a você aquilo que mais interessa aos donos das redes sociais. E o que interessa a eles é você ficar o máximo de tempo possível dentro da plataforma, consumindo os anúncios pagos e interagindo com publicações para alavancá-las: quanto mais engajamento em cada publicação, mais a plataforma tem sucesso e atrai mais anunciantes.
Quando as redes sociais surgiram, a maioria dos conteúdos que elas abrigavam era de cunho pessoal: fotos de pessoas fazendo atividades simples, comparecendo a eventos familiares, trabalhando, encontrando amigos, mostrando sua casa, mostrando pessoas queridas.
Gradualmente, marcas – pequenas e grandes – começaram a criar perfis nessas redes, e mostrar seus produtos nelas. Muitas marcas começaram a vender seus produtos dentro das plataformas, ou por contatos gerados a partir delas. Gradualmente, pessoas comuns começaram a transformar seu conteúdo pessoal em produto, emitindo opiniões especializadas em assuntos que dominam, ou fazendo de seu estilo de vida um conteúdo a ser consumido; e começaram a vender, elas mesmas, espaços para anunciantes também, através do marketing de influência.
Com tanta gente postando, por motivos pessoais ou comerciais, o algoritmo de cada rede deixou de trabalhar de maneira orgânica e espontânea (mostrando tudo o que é postado por cada pessoa que você segue); e começou a SELECIONAR o conteúdo mais visto, entregando-o para cada vez mais gente; e a deixar para trás o conteúdo menos visto. Isso explica porque você vê cada vez menos fotos da sua amiga que só posta de vez em quando; e vê cada vez mais fotos de uma celebridade bombada que você nem gosta tanto, nem segue, mas sempre aparece para você.
Aliás, você quase não verá mais foto. O algoritmo está totalmente direcionado para conteúdos em vídeo.
Nenhuma das pessoas que posta material nessas redes, seja material pessoal ou profissional, sabe como o algoritmo funciona – não a ponto de produzir exatamente o que ele está pedindo. Somente o dono de cada rede social e sua equipe de trabalho sabem como o algoritmo da sua rede funciona.
Nós, produtoras de conteúdo, sabemos apenas que: o algoritmo de cada rede leva o conteúdo mais visto para cada vez mais gente, deixando para trás o conteúdo menos visto.
Então, para tentar ser o conteúdo mais visto, todo mundo que trabalha através das redes sociais está produzindo ACIMA DE SUA CAPACIDADE.
A conta é simples: imagine que, em 40 minutos da sua folga, você consegue ver ao menos 50 “reels” e “tiktoks”; ou pelo menos umas 100 fotos do feed. Como a qualidade visual, conceitual, e de edição conta muito – é uma competição para ser o mais visto – então se CADA UMA dessas fotos ou desses vídeos de um minuto gasta, vamos supor, duas horas de produção (bem suposição média mesmo; tem gente que gasta dias produzindo um único material): seus 40 minutos de folga sendo entretido com conteúdos numa rede social consomem de 100 a 200 horas de trabalho para produzir esse conteúdo. A conta é simples e não fecha.
E, como não se sabe COM CERTEZA como o algoritmo funciona, muitas vezes a pessoa investe um esse baita tempo produzindo e seu conteúdo não é distribuído de uma maneira que compense seu esforço. Pode acrescentar na conta: o que você assiste é apenas o que “o mais visto”, então ainda é preciso somar as horas de produção do conteúdo que MUITA GENTE fez, mas não chegou até você.
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Diante desse cenário de desproporção absoluta, Bordadologia tomou uma decisão: a partir de agora, vamos direcionar nossa força produtiva para conteúdos a serem consumidos aqui no site.
Vamos seguir alimentando nossas redes, até porque elas são um canal de contato onde podemos nos aproximar muito de quem nos segue; mas nosso lugar de encontro principal será aqui mesmo: no site o conteúdo tem o tamanho e formato mais livre, fica acessível sem precisar “rolar o feed até mil anos atrás¨, e não precisa de algoritmo para ser entregue. Basta que você nos visite por aqui :)
Já nas redes, talvez Bordadologia fique mais escondida – postando só quando fizer sentido para ela e suas seguidoras, o algoritmo vai virar a cara e entregá-la cada vez menos, impedindo-a de aparecer espontaneamente para você. Quando sentir nossa falta, corre para cá que estaremos te esperando, lotadas de conteúdo para quem ama bordado livre.
Escreve um lembrete no post-it amarelo e cola na tela do seu computador: VISITAR BORDADOLOGIA! :)
(E, se esse assunto te interessou e você ficou curiosa, recomendo você ouvir esse podcast aqui e escutar uma conversa bacana e aprofundada sobre algoritmo e produção de conteúdo).
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Esse conteúdo é um oferecimento de BORDADACIONÁRIO – seu guia de pontos do bordado livre!
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